
foto Thiago Casoni
Diga Xis...
Sim. Hoje é o dia Mundial da Fotografia. Em 1839, foi anunciado ao mundo o primeiro processo reprodutivo na Academia de Ciências da França, consagrando o Daguerreótipo, processo desenvolvido pelo francês, Louis M. Daguérre. A imagem era capturada sobre uma pequena espessura de prata polida, aplicada sobre uma placa de cobre e sensibilizada em vapor de iodo. Ufa! De lá pra cá, evidentemente, o invento passou por inúmeras evoluções até chegar ao consolidado processo digital. Desde 1974, o fotógrafo Benedito Manuel, 59, dedica-se ao ofício em Umuarama. Ele foi um dos pioneiros. “Não sei como originou, mas para mim é tudo.”
Sim. Hoje é o dia Mundial da Fotografia. Em 1839, foi anunciado ao mundo o primeiro processo reprodutivo na Academia de Ciências da França, consagrando o Daguerreótipo, processo desenvolvido pelo francês, Louis M. Daguérre. A imagem era capturada sobre uma pequena espessura de prata polida, aplicada sobre uma placa de cobre e sensibilizada em vapor de iodo. Ufa! De lá pra cá, evidentemente, o invento passou por inúmeras evoluções até chegar ao consolidado processo digital. Desde 1974, o fotógrafo Benedito Manuel, 59, dedica-se ao ofício em Umuarama. Ele foi um dos pioneiros. “Não sei como originou, mas para mim é tudo.”
Benedito demonstra como funciona uma peça rara da sua coleção de máquinas fotográficas. Trata-se de uma Rolleiflex 6X6 - filme de 120 mm. Câmera alemã muito utilizada no início dos anos 50. Imortalizada pelo fotógrafo francês, Pierre Verger. Colaborador da famosa revista: O Cruzeiro.
ZC – Por que você decidiu ser fotógrafo?
Dito – Há muito tempo atrás trabalhei como padeiro e sapateiro. Mas não era o que eu queria para minha vida. A rotina era sempre a mesma. Foi quando botei na cabeça que queria ser fotógrafo. Comecei fazendo alguns bicos, até abrir minha própria empresa.
ZC – Como era sua rotina de trabalho?
Dito – Nossa... Tinha bastante serviço. Lembro dos bailes que freqüentava. Todos os casais faziam questão de bater uma fotografia. Revelava cerca de mil chapas preto-e-branco por evento. Segunda-feira era uma loucura. O pessoal lotava a empresa em busca das “provinhas.” Lembro também que vendia uns 200 rolos de filme por semana. Naquela época era charmoso bater fotografia e depois mandar revelar.
ZC – E hoje? Como você enxerga a fotografia?
Dito – Acho que a fotografia está muita banalizada. Agora com o digital, todo mundo sai batendo um monte de fotos sem prestar atenção no enquadramento e na composição. Sem falar na qualidade ruim da revelação Caiu bastante o movimento aqui no foto por conta disso. Hoje faço algumas reportagens, fotos 3x4 e revelação em porcelana para túmulos. Claro que o digital tem o seu lado bom, mas não sei como são armazenadas as fotos. Parece perigoso deixar tudo no computador. Acho o processo analógico um registro histórico mais confiável.
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